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QUE-BEIJO-MAIS-SAFADO

Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Romanos 16:16

Quando estive na igreja adventista de Valença, no sul da França, notei muito calor humano à saída. Todos se cumprimentavam, ou com um aperto de mão ou com abraços e beijos – mulheres com mulheres, homens com homens e também entre homens e mulheres. Ninguém é ignorado.

O Brasil é o país do “beijinho beijinho”, antes praticado apenas entre as mulheres, e agora generalizado entre homens e mulheres também. Muitas de nossas igrejas já o adotaram também, embora não seja uma prática oficial, pois é preciso respeitar sempre as variações culturais de cada lugar. O “beijo santo” da igreja apostólica, com o passar do tempo foi substituído pelo abraço, pelo sorriso e por um caloroso aperto de mão.

O pastor George Knight conta que estava cumprimentando os irmãos à saída da igreja, quando uma senhora o agarrou e lhe deu um beijo nos lábios. Ele considerou esse beijo uma perversão do ósculo santo, que “devia ser dado na face, ou na testa, ou na barba, ou nas mãos, ou nos pés, mas nunca nos lábios” (SDA Bible Commentary, v. 6, p. 818).

O ósculo era uma maneira comum de saudação no oriente (ver Gn 29:11, 33:4), e ao que tudo indica era também um sinal de homenagem entre os israelitas (1Sm 10:1), muito antes de existir o cristianismo. Esse costume passou à igreja primitiva, não só como saudação, mas também como parte da liturgia. Justino Mártir relata que o ósculo santo era usado nas despedidas e também na celebração da Ceia do Senhor. Na Igreja Ortodoxa Grega essa prática é preservada até hoje, nas festividades religiosas.

É interessante notar como a expressão “ósculo santo” aparece nas várias versões bíblicas. A Nova Versão Internacional utiliza a expressão “beijo santo”. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje usa “beijo de irmão”. E a Bíblia Viva não traduz, mas adapta a expressão para “apertos de mão”.

Em nossas igrejas, seja qual for o tipo de saudação – abraço, beijo ou aperto de mão – o importante é cumprimentar os irmãos. Não há nada pior do que entrar e sair de uma igreja e não ser saudado por ninguém, o que denota frieza e indiferença. Quem é tratado assim não se sente encorajado a retornar. ( Beijo ou aperto de mão?) MM.CPB.2010.

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